quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

e a chuva continua...

Novo dia começa, e vontade para o enfrentar? Zero!
Lá fora a vida continua, todos continuam, todos conseguem aquilo que eu perdi, como se o mundo fizesse questão de me espetar na cara que "Sim estás mesmo sozinho e na merda!"...
O mundo sorri e eu, para esconder a dor que me inunda, esboço um falso sorriso, um sorriso parvo, de quem perdeu a alegria de viver... Mas, como em tudo na vida, o sorriso desvanece-se por entre a bruma da saudade, na tempestuosa dor de enfrentar a realidade sozinho, levantar-me do chão sozinho...
Ah palavra mais cruel, "sozinho"... Contudo, a verdade dura e crua é essa: estou sozinho e para enfrentar esta dor, a TUA falta, só eu posso arranjar forças para tal...
Porque não percebeste que eu gostava de ti, porque mudaste por outro mas negas fazê-lo agora?! Compreendo perfeitamente que não o faças, por mais que me doa, porque não o queres magoar, porque não te deu motivos para tal, como eu dei...
Pedi inúmeras vezes perdão, pedi que me deixasses amar-te verdadeiramente, como merecias, como agora poderás talvez constatar que sim, possivelmente eu far-te-ia a mulher mais feliz do mundo... Tens saudades, mas como de algo passado, findado, bonito, mas terminado, sem forma de ser recuperado...
Tento adormecer, sem forças, sem alegria, sem vontade de nada, com um vazio imenso, preenchido por uma dor tamanha de ter perdido a minha felicidade para outra pessoa...
"Não temas que eu amar-te-ei sempre, fica comigo"... Quantas vezes proferi isto, ou semelhantes palavras? Raramente falo sem pensar, e sempre que enunciei algo de tamanha importância, foi com total confiança e certeza do que enaltecia!
Que fez isso mudar em ti?! Apenas a tua visão quando a decisão já estava tomada... Nem no mês de Dezembro notaste que eu mudara, lutava por algo que negava em aceitar como perdido...
Mas só quando viste realmente que eu gostava verdadeiramente de ti, como nunca alguém amou outro, como nunca um homem sofreu por uma mulher, só aí viste que eu não mentia quando dizia que te amava... Mas já era tarde, era impossível voltar atrás!
E assim chegamos aos tempos actuais, eu num buraco tão grande que não vejo o topo, apenas as lembranças me ajudam a subir, mas rapidamente sou atirado de novo para o fundo, quais facas de dois gumes, que ajudam a subir com esperança em algo, prontamente delicerando o meu delicado coração que apenas ansiava por ti...

Sem comentários:

Enviar um comentário